quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Chuva


E a chuva caiu,
Debruçou-se sobre mim,
Apanhou-me de surpresa
Deixando-me demasiado ilesa…

Caiu,
Não mais que isso.
Mas se é assim
Porque dei eu tanta importância
A este mero facto?
Dizem não ter relutância…

Continuou a cair,
Cada vez mais se debruça em mim,
Cada vez mais assusta,
É demasiado bonita,
Astuta…

Só posso pensar que o destino falha
Onde a sorte não existe.
Mas se tal como a chuva existem surpresas
Qual o lugar em que a fé persiste?

Vou guardar estes momentos como um suporte,
Quero ter algo em que me apoiar
Quando um dia mais tarde nada me puder surpreender
Sei que é pela chuva que vou esperar.

Talvez encarem isto como uma metáfora,
É isso que quero transmitir
- Que tenhamos tantas boas surpresas
Como chuvas que podem de repente surgir.

Quero deixar bem legível
Que batalhas são para se enfrentar,
Ainda que possam ser difíceis
São elas que a tua vida vão para sempre marcar.

Agora a chuva parou,
Deixou-nos mais uma lição…
- Que para a próxima aparece
Ainda mais de rompão.

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