domingo, 31 de julho de 2011

Somente eu


Não sei,
Deveria eu entender?
Mas porquê?
Nem a pergunta sei perceber…

Ainda que mudasse os sentidos das palavras,
As razões do meu ser.
Decerto continuaria muda e hirta
Aquilo que vejo mas finjo não crer…

Tento encontrar a solução,
O caminho que dita o problema.
Insisto em ter razão
Mas acabo por ditar o meu próprio dilema.

No fim de tudo percebo
Que sou eu o meu único contratempo.
Ainda que quisesse fugir,
Nada nem ninguém o iria permitir.

Posso eu conseguir fugir de mim própria?
Tentar achar razão para toda esta confusão
- Saber as coincidências da minha ilusão…
Posso eu?

Acabo em mirar-me,
Silenciosa e apressadamente.
Sei que toda a culpa é minha,
Ainda que seja docemente.

Não podendo virar costas ao meu eu
Apresento-me orgulhosa
De tudo aquilo que fiz, farei e mostrarei
Pois sei que é a minha alma,
O meu veneno e a minha cura,
Eu,
Somente eu,
Que impiedosamente actuei….

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