terça-feira, 12 de julho de 2011

Refúgio


Lá na minha aldeia,
boa gente encontro sempre.
Não aquela que se interessa pela vida alheia
mas sim a que me recebe de boamente.

E as paisagens que sempre me confortaram
fazem anos que desapareceram.
Não porque se quiseram esconder
mas sim porque envelheceram.

Tenho pena que tenha acontecido,
que tudo esteja devastado.
Espero que tudo mude um dia
antes que o mundo esteja acabado.

É triste ver as folhas caírem
através da janela da casa da minha mãe
Não porque a Natureza o pede
mas porque mais escolha não tem.

Alastrou por todo o mundo
este ambiente já defunto.
E aqui na minha aldeia
nota-se o que a Terra anseia.

Nestas lindas pradarias,
amareladas pelo sol.
Hoje não são mais que especiarias
onde pousa um rouxinol.

E nesta minha aldeia,
Aqui me encontro refugiada
À espera que tudo mude,
À espera de ser levada…

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