terça-feira, 12 de julho de 2011

Lágrimas perdidas


Sigo desde então um caminho para o qual nem eu sei um destino, sigo rastos de pegadas feitas por alguém, …. talvez um amigo. Vou escapando às entranhas da dor, rastejando por aquelas estradas, vou saltando de caminho em caminho à espera de ser alvejada. Ainda assim, por entre os passeios destes caminhos ainda o vou vendo e observando, ainda o vou sorrindo e acenando…Sinceramente não sei porque o faço, não sei porque o sigo, e muito menos porque vou. Por vezes pergunto-me aonde me quer levar, pergunto-me o que me quer fazer, já nem sei o que suspeitar: a dor já é tão grande que mais nada deve haver para suportar. Oh que pena, ter acabado assim, sem momentos por declamar, sim, a nossa história foi romântica mas com poucos momentos para celebrar. Ainda o ouço dizer ao longe “Deixa-me estar”, ainda consigo sentir as suas mãos ásperas a tentar-me tocar.
É estranho porque eu sinto que é amor, estranho porque ainda o vejo nos meus sonhos. Por vezes fico-me a perguntar porque será que toda a gente diz que ele nem devia cá estar. Sim, sei que é rude e forte, talvez um pouco rabugento e asqueroso, mas ainda assim não sei porque lhe dizem que é um maldoso.
Ainda há vezes que tento perceber porque me provocou tanta dor, há momentos em que me lembro de todo o ardor que sofri, todas as lágrimas que colhi. Todos me querem proteger dele, querem-me defender, querem-me ajudar mas eu sei que não vale a pena, sei que mesmo que seja vítima de violência eu o continuarei a amar.

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