quinta-feira, 21 de julho de 2011

Limitações do Pensamento


Ando por um caminho sem pedras,
Um trajecto indefinido,
Composto por ideias feitas
Por algum desconhecido.

Percorro a razão sem saber o que encontrar,
Quero escalar montanhas,
Pergunto-me porquê
Se nem essas sei defrontar…

Sinto que quero um tanto e um nada,
Um mundo e mais uma parte.
Sinto no fundo aquilo que me desagrada:
Não conseguir levar mais alto a minha arte…

Porquê toda esta confusão
Que se apodera de mim?
Já me encontro numa rebelião,
Preciso eu de outra assim?

Confesso que gostava de saber
O que será que se está a passar?
Será a minha vida a dar uma volta
ou algo mais que me está a conquistar?

Parece que nem sou dona de mim própria,
Não tenho poder naquilo que digo.
Sinto que não sou digna de glória,
E às vezes nem de espírito de mendigo…

Desejo continuar a fomentar
Esta esperança desvanecida.
Quero continuar a perceber
Aquilo que me tem deixado perdida.

Por enquanto…
Nada mais posso desejar a não ser:
Que venha mais uma luta,
A última a que vou padecer.

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