quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Minha rosa


Minha rosa é minha escravidão,
Meu alento,
Minha maldição.

Minha flor tão falsa,
Tão modesta,
Simples como a salsa,
Rebelde como a giesta.

Minha rosa,
Meu amor de duas faces,
Que tanto me persuades,
E assim…me invades.

Porque é nos teus enganos
Que me sobreponho.
Tu, que és polvilhada de mil danos
E a mil e uma cores eu não me oponho.

Irónico como és dada como sinal de amor,
Com os teus espinhos cravados
E a tua irradiante beleza
Finges ser um sinal de louvor.

Irónico como és tu o encanto das raparigas,
Já que dada com paixão,
Mostras as tuas garras
E ensinas-lhes as intrigas.

Minha rosa,
Pecado de tantos amantes.
Porque és tu o símbolo do amor
Com essa tua fachada,
Que ao mínimo toque provoca dor?

Minha rosa,
Sinal de tantos pecados,
Se ao menos fosses só minha
Eu protegia-te de tantos desagrados.

Porque com certeza já assististe
A tamanhos horrores,
Provocados por desilusão
Ou caídas de amores…

Minha rosa
- Definição universal do que é amar,
Agora percebo
Porque é a ti que te chamam
Para explicar a paixão
E o que dela têm de acartar.

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