sábado, 10 de dezembro de 2011

Utopia


Eram corais feitos de pérolas,
Frágeis e hostis,
Ao mergulhar eu os via,
O predilecto sonho da minha utopia.

O impossível nunca me chegou,
Queria mais e mais em frente seguir,
No fundo acreditava que quem a alma aquece
Ao topo havia de subir.

Eu tinha uma utopia
Que era sinal de história,
Fruto da minha juventude
Que ingenuamente acreditava na vitória.

Ao mergulhar,
Nesse gentil e bravo mar,
Eu via os corais,
Sensíveis ao toque,
Tão pouco e tanto reais.

Eu tinha, eu tenho
Uma utopia.
- De alcançar a minha história
Ao mergulhar
Numa dessas frentes de maré fria.

Corais duram,
Morrem sem o tempo,
Permanecem no calor,
E rejeitam a minha frágil dor.

Como posso eu conquistar essa tenebrosa utopia
Se o que mais preciso tem receio da minha gélida e tímida mão fria…

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