Tinha uns olhos azuis,
Como a água do nosso mar,
E um nariz arrebitado
Que me fazia desorientar.
Portador da coragem e da solidão,
Do branco e do preto,
Dos números da perfeição
E do vermelho obsoleto.
Corria rápida e vagarosamente
Não sabia eu distinguir,
Com tanto para dele perceber,
Dos pormenores não consegui restringir.
Tinha um ar alegre
E um corpo triste.
Um sorriso amarelo,
Portador da vontade que persiste.
E estas meras preocupações
Fizeram-me cegar
Às verdadeiras razões
- Aquilo que devia notar.
A discrepância lá foi ocorrendo,
Sem que eu alguma vez notasse
Que o dito sujeito ia sofrendo
Por tentar que eu reparasse.
- No jeito perfeito que eu não via,
No sorriso carinhoso que escondia…
Humanamente não quis reparar
Que os pormenores fizeram-me perder,
Aquilo que por uma vez poderia lutar
Mas que não o fiz, por demasiado querer ver.
Hoje não olho para detalhes
Que não importam,
Nem para ninguém
Que não valha a pena.
Pormenores sempre me confortam
Tornando a minha alma ainda mais pequena.
Muitos parabéns!! :)
ResponderEliminarObrigada : D
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