Um vulto lá
fora
Espera nessa
solidão de pedra.
Tanto se
demora,
Que na
solidão se enreda.
Um vulto lá
fora,
Que nome não
tem
-seja eu,
sejas tu-
Aguarda que
devorem
a identidade
de alguém.
Numa câmara
escura,
Num lugar
que não encontram,
Dorme essa
alma obscura
Que nem os
homens defrontam.
Vejam,
Há um vulto
lá fora,
Que pelas
janelas não entra.
Seja alma,
seja cor
- seja
espirito, seja dor –
Prefere a
porta do coração que esquenta.
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