Eram corais feitos de pérolas,
Frágeis e hostis,
Ao mergulhar eu os via,
O predilecto sonho da minha utopia.
O impossível nunca me chegou,
Queria mais e mais em frente seguir,
No fundo acreditava que quem a alma aquece
Ao topo havia de subir.
Eu tinha uma utopia
Que era sinal de história,
Fruto da minha juventude
Que ingenuamente acreditava na vitória.
Ao mergulhar,
Nesse gentil e bravo mar,
Eu via os corais,
Sensíveis ao toque,
Tão pouco e tanto reais.
Eu tinha, eu tenho
Uma utopia.
- De alcançar a minha história
Ao mergulhar
Numa dessas frentes de maré fria.
Corais duram,
Morrem sem o tempo,
Permanecem no calor,
E rejeitam a minha frágil dor.
Como posso eu conquistar essa tenebrosa utopia
Se o que mais preciso tem receio da minha gélida e tímida mão fria…
Sem comentários:
Enviar um comentário
"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido"